terça-feira, 6 de abril de 2010

Investigação quantitativa/qualitativa


Tanto a investigação quantitativa como a qualitativa estão intimamente ligadas aos paradigmas quantitativo e qualitativo. Estes por sua vez recorrem à utilização dos métodos quantitativos e qualitativos.
A investigação quantitativa ocupou um lugar de destaque até aos finais dos anos sessenta. Só a partir de então é que a investigação qualitativa começou a ter um maior desenvolvimento e reconhecimento.
Na investigação quantitativa o investigador encontra-se mais na retaguarda, antes de iniciar a investigação elabora um plano de investigação bastante estruturado e minucioso tendo sempre em mente os objectivos da investigação, os quais permitem estabelecer relações entre as variáveis, recorrendo ao tratamento estatístico dos dados recolhidos. Na investigação quantitativa é necessário ter algum cuidado com a selecção da amostra, esta deverá ser representativa da população, possibilitando a generalização das conclusões ao universo, preocupando-se com o produto e não com o processo.
Em contrapartida, na investigação qualitativa o investigador tem um papel de relevo, recolhendo os dados no ambiente natural, frequentando os locais de estudo, interagindo com os seus actores, contudo, com alguma prudência evitando pôr em causa a investigação. Este tem necessidade de conhecer pormenorizadamente o contexto de forma a compreender a situação no seu ambiente natural. O investigador é o “instrumento” de recolha de dados (Carmo & Ferreira, 2008), uma vez que é através dele que estes são recolhidos (transcrições de entrevistas, registos de observações, fotografias, notas de campo, documentos pessoais, memorandos, registos oficiais) e posteriormente analisados, assumindo assim a investigação qualitativa um carácter descritivo de extremo rigor.
O interesse pelos processos é outras das características da investigação qualitativa, não estando preocupada em efectuar generalizações. Os dados recolhidos e analisados de forma indutiva, não têm como objectivo confirmar ou infirmar hipóteses construídas previamente, pelo contrário, as abstracções são construídas à medida que os dados particulares que foram recolhidos se vão agrupando. (Bogdan & Biklen, 1994).

BOGDAN, R,; BIKLEN, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Porto:
Porto Editora.
Carmo, H. & Ferreira, M., (2008.) Metodologia da Investigação – Guia de auto-aprendizagem. 2. ed. Lisboa: Universidade Aberta.

Planificando a investigação...


O investigador antes de decidir sobre o tema a trabalhar deve ter a preocupação de recolher um conjunto de informações sobre o mesmo, ficando com um conjunto de elementos que lhe permitem efectuar uma escolha consciente e adquirir uma atitude adequada fase ao estudo a realizar.
Segundo Carmo & Ferreira (2008: 39), essa recolha de informação deverá assentar em três vertentes: i) recolher informações sobre teorias já existentes, estas funcionaram como uma bússola e não como espartilho, de qualquer processo de investigação; ii) investigar que pesquisas foram realizadas nesse âmbito; iii) efectuar uma análise critica dos métodos adoptados em investigações anteriores, permitindo ter uma ideia sobre a fiabilidade dos dados.
Após a recolha preliminar de informação o investigador está em condições de decidir sobre o tema da sua investigação e proceder à planificação de todo o processo.
Para elaborar a planificação o investigador deverá:
Delimitar o objecto de estudo – Apresentando um conjunto de questões de investigação com a finalidade de definir de forma clara e objectiva qual o objecto de estudo, devendo estas funcionar como o fio condutor da investigação. Seguidamente devem ser decididas as estratégias de recolha de informação, tendo sempre por base as questões previamente definidas;
Definir o objectivo da pesquisa – Nesta etapa o investigador apresenta de forma clara o que pretende alcançar, isto é, os objectivos;
Programar a pesquisa – Após a definição do(s) objectivo(s) é necessário subdividi-lo(s) até a sua operacionalização em tarefas concretas, articuladas e distribuídas ao longo de um determinado período de tempo;
Identificar e articular os recursos necessários – Esta etapa por vezes é um pouco descorada, contudo reveste-se de grande importância. Alguns aspectos a ter em atenção: as instalações onde irá decorrer a investigação, os equipamentos disponíveis, a orientação científica, os possíveis apoios (financeiro, logístico, documentalístico).


Carmo, H. & Ferreira, M., (2008) Metodologia da Investigação – Guia de auto-aprendizagem. 2. ed. Lisboa: Universidade Aberta.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Investigação Educacional


Segundo o Moderno Dicionário de Língua Portuguesa, o termo investigação é sinónimo de: 1. Acção ou efeito de investigar. 2. Averiguação. 3. Inquirição. 4. Pesquisa; indagação minuciosa. 5. Inquérito. Logo, para a investigação ser levada a cabo, a observação irá tomar um papel de destaque permitindo compreender melhor o fenómeno a estudar, possibilitando a construção de explicações e teorias mais adequadas. Independentemente do tipo de investigação a realizar esta tem de ser alvo de uma planificação bastante cuidada.