sábado, 3 de julho de 2010

Análise e interpretação de dados, a concretização da pesquisa…


Num trabalho empírico recolhem-se dados quantitativos, expressos em valores numéricos e dados qualitativos, expostos em textos. Porém, como afirma Harry Wolcott, o maior problema do investigador participante não é o de saber como vai recolher os dados, mas sim o de imaginar o que fazer com os dados que obteve. Assim, a análise e interpretação de dados tornam-se numa tarefa extremamente delicada, morosa, que requer uma grande disponibilidade por parte do investigador, não devendo existir um período de tempo bastante prolongado entre a recolha de dados e a sua análise e interpretação.
Para se proceder à análise e interpretação de dados, o investigador deve ter em atenção alguns aspectos: (i) os dados podem ser tratados quantitativamente e/ou qualitativamente, uma vez que estas se podem complementar; (ii) deve definir um sistema de codificação, ao nível da investigação qualitativa esse sistema encera parâmetros semelhantes; (iii) os dados são ordenados cronologicamente de forma a facilitar a sua localização; (iv) devem ser efectuadas várias leituras do material recolhido, ao longo das quais, o investigador constrói listas preliminares de categorias de codificação, seguidas da construção de um conjunto de abreviaturas; (vi) organiza o material em pastas separadas, e ser trabalhá-lo como um todo; (vii) sempre que se justifique, os dados devem ser sujeitos a uma análise estatística; (viii) relaciona a informação recolhida, com os seus conhecimentos prévios, tendo por base a revisão de literatura de forma a produzir inferências coerentes e esclarecedoras da situação em estudo.
Segundo Afonso (2005), a avaliação da qualidade dos dados, isto é a sua relevância para a investigação, centra-se em 3 critérios:
• Fidedignidade – que se refere à qualidade externa dos dados;
• Validade – Baseia-se na sua qualidade interna, avalia a efectiva relevância da informação produzida em relação ao conhecimento que se pretende produzir;
• Representatividade – Na garantia que os sujeitos envolvidos e os contextos seleccionados representam o conjunto dos sujeitos e dos contextos que a pesquisa se refere.

Afonso, Natércio (2005). Investigação Naturalista em Educação: Guia prático e crítico. Porto: Asa Editores, S.A.
Bogdan, R.; Biklen, S. (1994). Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Editora.
http://pt.shvoong.com/social-sciences/1904967-tratamento-das informa%C3%A7%C3%B5es-an%C3%A1lise-dos/ (consultado a 6 de Junho)

Sem comentários:

Enviar um comentário